
Juninho e o pai Márcio kabeça – Crédito Felipe Mendes
Marcio Vieira Júnior, conhecido nas pistas como Juninho, está prestes a marcar seu nome na história do automobilismo brasileiro. O piloto de 20 anos, natural de Penha, Santa Catarina, viaja nesta semana para a cidade de Sebring, na Flórida (EUA), onde disputará a Fórmula Drift PRO-AM — uma das portas de entrada para o cenário profissional do drift internacional. Juninho é o primeiro catarinense a competir em uma prova da categoria na América do Norte.
“Correr nos Estados Unidos vai ser a realização de um sonho de criança. Estou muito feliz em poder levar a bandeira do Brasil e de Santa Catarina para fora e mostrar nossa garra”, comenta o piloto, que atualmente lidera o campeonato brasileiro da Ultimate Drift.
O talento de Juninho foi percebido desde cedo. Em 2021, com apenas 16 anos, ele fez sua estreia em uma prova homologada pela CBA (Confederação Brasileira de Automobilismo), na categoria Ultimate Light — voltada a novos pilotos — e sagrou-se campeão brasileiro. Com o título, tornou-se o mais jovem vencedor da história do drift nacional e garantiu vaga na categoria PRO, destinada aos profissionais.
A participação na Fórmula Drift PRO-AM conta com o apoio integral da Pichau, empresa referência no setor de hardware e produtos gamers — uma das paixões de Juninho fora das pistas. Ao seu lado, a equipe conta com os mecânicos Marcelo Cecé (Brasil), Rômulo Mesquita e o chefe de equipe Marcelo Zaupa (EUA).
Drift no sangue: herança e paixão familiar
O gosto por carros e adrenalina vem de berço. Juninho cresceu nos bastidores das competições, acompanhando de perto a trajetória do pai, Márcio “Kabeça”, um dos nomes consagrados do drift brasileiro. Bicampeão da modalidade, Kabeça fundou em Penha (SC) uma escola dedicada à formação de novos pilotos — e foi ali que Juninho teve seus primeiros contatos com a direção.
“Desde muito pequeno eu sempre fui envolvido com carros. Acho que sempre tive essa paixão. Quando meu pai começou a competir, nunca deixei de acompanhá-lo. Estava sempre nos eventos, até que chegou minha hora. Comecei a dar os primeiros passos aos 12 anos. Hoje estou na categoria profissional e espero continuar por muito tempo no drift”, relembra Juninho.
A estreia na Fórmula Drift PRO-AM representa não apenas a concretização de um sonho pessoal, mas também um passo importante para o esporte no Brasil, com Juninho levando o nome do país e do estado de Santa Catarina ao circuito internacional.



Crédito Felipe Mendes