Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, faleceu aos 88 anos, às 2h35 (horário de Brasília), 7h35 no horário local de Roma. A informação foi confirmada oficialmente pelo Vaticano. Ele esteve à frente da Igreja Católica por quase 12 anos, como o 266º pontífice da história, deixando um legado profundo de fé, simplicidade e amor.
Em comunicado oficial, o Vaticano declarou:
“O Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da Sua Igreja. Com fidelidade, coragem e amor universal, ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados. Com profunda gratidão por seu testemunho como verdadeiro discípulo de Jesus, confiamos a alma do Papa Francisco ao amor misericordioso do Deus Trino.”
Na manhã da quarta-feira (23), o corpo do Santo Padre será levado à Basílica de São Pedro, no Vaticano, onde os fiéis do mundo inteiro poderão prestar sua última homenagem. Em sinal de profunda devoção mariana, o Papa será sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore, em Roma — um local querido por ele, onde tantas vezes depositou flores diante da imagem de Maria, antes e depois de cada missão apostólica. Uma escolha que fala não apenas da sua humildade, mas da sua total entrega à Mãe da Igreja.
Nascido em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, Argentina, Francisco entrou para a história como o primeiro Papa latino-americano, o primeiro jesuíta a ocupar a Cátedra de Pedro e o primeiro papa da era contemporânea a aceitar o chamado após a renúncia de seu predecessor. Eleito em 13 de março de 2013, Francisco trouxe um novo sopro ao coração da Igreja, com seu sorriso simples, seu olhar terno e sua voz firme em defesa dos pequenos, dos esquecidos e dos que mais sofrem.
Seu pontificado foi marcado por gestos poderosos e palavras que tocaram multidões. Recusando a pompa dos títulos, preferiu ser chamado de “Bispo de Roma”, aproximando-se do povo e recordando que a verdadeira autoridade na Igreja é a do serviço. Em cada viagem, em cada discurso, em cada abraço silencioso dado a um doente ou excluído, ele tornou visível a ternura de Deus.
Francisco não se limitou a governar a Igreja — ele a conduziu como verdadeiro sucessor de Pedro, com o olhar voltado a Cristo e os pés firmes nas estradas do mundo. Suas encíclicas, como Laudato Si’ e Fratelli Tutti, foram marcos de um pontificado profético, clamando por justiça social, cuidado com o planeta, fraternidade entre os povos e compromisso com os mais vulneráveis.
Homem de oração silenciosa, apaixonado pela Eucaristia e devoto de Maria, Papa Francisco foi para o mundo inteiro um sinal de esperança viva. Recordou a todos nós que a misericórdia é o coração do Evangelho, e que Deus nunca se cansa de nos amar. Ensinou que a Igreja deve ser uma casa de portas abertas, um campo de acolhimento e cura, não um tribunal de condenação.
Hoje, choramos a perda de um Pai espiritual, de um Papa que nos ensinou a ver Deus nos gestos mais simples: no lavar dos pés, no abraço ao sofredor, no beijo a uma criança, no silêncio diante da dor. Perdemos uma voz que, mesmo entre as tormentas do mundo, nunca deixou de proclamar: “Não deixem que lhes roubem a esperança!”
Agradecemos, Santo Papa, por seu testemunho luminoso. Obrigado por ter nos lembrado que a alegria do Evangelho é para todos. Obrigado por ter mostrado ao mundo que a autoridade se faz com humildade, e que o maior poder da Igreja é o amor.
Seu sorriso permanece conosco. Suas palavras ecoam em nossos corações. Sua coragem nos inspira. Sua partida deixa um vazio imenso, mas também um convite: continuar a missão que o senhor viveu com fidelidade até o fim.
Descanse em paz, Vigário de Cristo, filho amado de Nossa Senhora, servo fiel da Igreja. Que os anjos o conduzam ao Paraíso, onde agora contempla, face a face, Aquele a quem dedicou cada dia de sua vida: Jesus Cristo, o Senhor da Vida.
Obrigado, Papa Francisco.
Sua luz jamais se apagará.
